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Trabalho sexual — o que está em causa são direitos humanos, por Manuela Tavares

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Camaradas, publicamos mais um artigo sobre o tema da prostituição, incluindo, assim, no debate, pelo menos dois pontos de vista.  "Trabalho sexual — o que está em causa são direitos humanos"  - esta era a frase que encabeçava o artigo da investigadora Alexandra Oliveira, professora e investigadora da Universidade do Porto, na Revista CAIS, de março deste ano. Tendo realizado a sua tese de doutoramento na área do trabalho sexual, Alexandra Oliveira desconstrói a ideia de que a prostituição seja uma realidade simples de analisar. Por isso, o debate não deve ser feito em torno de questões morais.  "Reduzir o trabalho sexual ao tráfico e à exploração sexual é reduzir um fenómeno diverso e multifacetado a uma pequena parte, e não contribui, em nada, quer para lutar contra as verdadeiras situações de exploração, de tráfico, de abuso, de coação, quer para garantir proteção às pessoas que estão nesta atividade." (Alexandra Oliveira, 2022, Revista CAIS, março, p. 10) Do vast...

Prostitutas — trabalhadoras do sexo?! - por Adília Maia Gaspar

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Camaradas, o debate entre nós é fundamental, pelo que publicaremos, aqui, no nosso blogue, pontos de vista diferente em relação a alguns temas. Iniciamos com a publicação de artigos sobre o tema da prostituição.  Estava aqui a ler umas coisas e salta-me uma referência a Marx e ao conceito de trabalho. Acima de tudo, temos de respeitar as palavras e os conceitos para que elas remetem. Por isso é que, quando ouço pessoas, frequentemente ligadas a setores de esquerda, referirem as prostitutas como "trabalhadoras do sexo", fico literalmente com os cabelos em pé.  Só falta mesmo recuperar a prática fascista de legalização dos bordéis ou casas de tolerância, como lhes chamavam, e de obrigarem as prostitutas a controlo sanitário para segurança sobretudo do utente que coitado não pode/deve ser prejudicado por adquirir o serviço e este não corresponder à expectativa ou trazer atrelado um defeito no produto. Mas lembremos que o próprio regime fascista percebeu que, pelo menos formalmen...

NÃO TEM QUE SOAR A CREDÍVEL ?

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Intervenção de Maria da Conceição Anjos na 4ª Conferência Nacional do Bloco

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  Boa tarde, camaradas, A maioria da Comissão Política do Bloco de Esquerda não achou oportuna a realização de uma Convenção Nacional para que, de forma participada e democrática, pudéssemos definir um novo rumo estratégico para o partido, de acordo com as novas realidades, nacional e internacional, que estão a acontecer. As justificações foram variadas, vou-me centrar apenas em duas: §   Não é prática da esquerda reagir em função de resultados eleitorais; §   A convenção Nacional não foi proposta nem na Comissão Política nem na Mesa Nacional. Quanto à primeira, é costume dizer-se que a tradição já não é o que era, mas, se quando um partido perde 50% dos votos e mais de 70% dos deputados, não deve desse facto tirar ilações, então não sei quando deverá. A dimensão do desaire justificava que a maioria assumisse uma postura de humildade que permitisse uma análise séria e profunda, por parte dos militantes, das opções políticas que têm vindo a ser seguidas e, conjun...

Intervenção de Pedro Soares na 4a Conferência Nacional do Bloco

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  Saúdo todos os contributos e as várias propostas para debate nesta Conferência. É com pluralidade que se constrói a unidade. Subscrevo a intervenção do camarada Fernando Rosas sobre a brutal e condenável invasão pela Federação Russa da Ucrânia e o papel dos EUA no conflito. Devemos fazer um esforço conjunto, coletivo, para retirar do passado o que nos interessa para o futuro. Há quem, perante a necessidade deste esforço autocrítico, próprio de um partido de esquerda, comece de imediato a cavar trincheiras. Ou a fazer considerações sobre estados de alma, cenas de arrependimento ou ausência dele. Isso ajuda muito pouco ou nada. O que ajudava mesmo era restabelecer o diálogo no nosso seio, sem estigmas nem exclusões. Quem não está interessado na recuperação da capacidade de diálogo entre todos/as nós? O Secretariado veio hoje declarar na imprensa ( Público 30.04.2022 ) que o “PS nos impôs uma relação tóxica” e que o Bloco precisa de recuperar a “autonomia” que perdeu. Finalmente...

Intervenção de Maria José Magalhães que fez a apresentação da proposta “Unir o Bloco para Mudar de Rumo e Recomeçar de Novo”.

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    Teve lugar no passado sábado, em Lisboa, a IV Conferência Nacional do Bloco, com o objetivo anunciado de debater o “rumo estratégico”. A Comunicação Social refere nas notícias que foi feita “à porta fechada”. Se assim foi, tal não constava do Regulamento, nem foi aprovado na Comissão Política, nem foi dada essa informação aos/às conferencistas. Para evitar que essa ideia se sedimente no seio do Bloco (na verdade, os/as jornalistas só tiveram acesso à intervenção final da camarada Coordenadora) e para que todos/as militantes tenham oportunidade de ler, pelo menos, algumas intervenções (para além da de Catarina Martins, divulgada pela Comunicação Social), colocaremos  online  aquelas a que tivermos acesso por escrito. Se quiseres que a tua intervenção na IV Conferência Nacional seja colocada  online , envia por e-mail ( convergencia.bloco@gmail.com ) o respetivo texto ou uma breve síntese da tua intervenção. Começamos pela intervenção de Maria José Magalhães...

ATUALIDADE Militantes propõem à Conferência Nacional análise aprofundada do ciclo político e mobilização social pela alternativa à austeridade e ao empobrecimento

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  pela alternativa à austeridade e ao  A IVConferência Nacional do Bloco de Esquerda realiza-se no próximo dia 30 de abril, em Lisboa. Deverá ser, a partir de um balanço político sério e de fundo, a rampa de lançamento do debate necessário e da exigência da definição de um novo rumo em instância própria, a Convenção Nacional. Um conjunto alargado de militantes de todo o país apresenta, a partir das suas próprias experiências nas lutas pela afirmação do Bloco e como contributo para o debate, uma leitura aprofundada do ciclo político que culminou com a recente derrota eleitoral nas Legislativas e lança a ideia de que é essencial restabelecer o diálogo interno, mobilizar todas as forças militantes e definir um novo rumo para a recuperação da influência política e social da esquerda na sociedade portuguesa. Segue o texto integral da proposta e os/as subscritoras iniciais: UNIR O BLOCO PARA MUDAR DE RUMO E RECOMEÇAR DE NOVO O quadro político nacional e internacional mudou d...