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A mostrar mensagens de junho, 2022

O ESTRANHO CASO DA BIBLIOTECA FECHADA

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                                                                       O ESTRANHO CASO DA BIBLIOTECA FECHADA   Quem passar no jardim da Praça Marquês de Pombal por estes dias deparará com o insólito estado de encerramento de um interessante equipamento cultural da Câmara Municipal do Porto: a Biblioteca Popular Pedro Ivo. O concorrido jardim ladeado por plátanos e onde se situa uma estação de metro, é um dos pontos mais vivificados da cidade, uma zona de lazer e fruição possível de alguma natureza. É lugar de convívio de gente de todas as idades, que nem os pavores da pandemia deixaram e deixam de o ver quase sempre movimentado. Vamos à história da Biblioteca Popular Pedro Ivo. Em 1951, uma monografia da Câmara Municipal do Porto enumerava os estabelecimentos onde a ação cultural da Câmara Municipal se exercia, isto porque se considerava na publicação que « entre as atribuições das câmaras municipais figuram em certa medida as de carácter cultural ». Refere a monografia: « Em Se

Apresentação da Revista ECOSSOCIALISMO no Porto

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  Este primeiro número da ECOSSOCIALISMO conta com artigos de Rui Cortes – “E quando as bombas deixarem de cair?”, António Eloy – “Rompamos com o silêncio”, Mário Tomé – “Saudades da Greta”, Manuel Carlos Silva – “Desigualdades de classe e étnico-raciais: uma secular e pesada herança mas superável no ecossocialismo (1ª parte)”, Jorgete Teixeira | Manuela Tavares | Maria José Magalhães | Ana Sartóris – “Ecofeminismo: contra todas as discriminações, pela defesa do planeta e pela paz”, Sílvia Carreira – “V encontros Internacionais de Lisboa 2022”, Michael Lowy – “XIII Teses sobre a catástrofe iminente (ecológica) e as formas (revolucionárias) de a evitar”, Ecologistas en Acción – “Ecofeminismos decoloniais: abrir olhares para construir pontes”, Paulo Sampaio – “Ecosaúde socialista”, Arlindo Rodrigues – “Sobre a rede brasileira de ecossocialistas”, e de Chema Mázon – “Fukushima. Não percamos a memória”.

COMUNICADO CONVERGÊNCIA: AUMENTO DOS SALÁRIOS É PRIORIDADE NO COMBATE À INFLAÇÃO E AO EMPOBRECIMENTO

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  As projeções do Banco de Portugal (BP) e do OE2022 para uma inflação de 4% estão a ser pulverizadas pela realidade. O BP foi obrigado recentemente a rever em alta a previsão, estando agora em 5,9% para 2022.  Porém, a inflação aumentou para 8,0% em maio (7,2% em abril), o valor mais elevado registado desde fevereiro de 1993, conforme o mais recente  relatório do INE , impulsionada principalmente pelo aumento dos preços, com uma forte componente especulativa, dos produtos energéticos (27,2%, o valor mais elevado desde 1985) e dos produtos alimentares (11,7%).  O rendimento de trabalhadores e pensionistas não está a acompanhar o aumento generalizado dos preços. A recusa do Governo em proceder a aumentos salariais diminui, como efeito direto da inflação, o rendimentos real da maioria da população, já confrontada com baixos salários e precariedade laboral. Mesmo não havendo cortes nominais nos salários nem aumento de impostos, a inflação corresponde a uma espécie de imposto escondido,

Revista "Ecossocialimo" é apresentada no próximo dia 19 no Porto, pelas 17:00 h no Café Ceuta.

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  Revista "Ecossocialimo" é apresentada no próximo dia 19 no Porto, pelas 17:00 h no Café Ceuta.

Mélenchon, da união das esquerdas (NUPES), reclama vitória e diz que partido presidencial foi “desfeito”

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  No discurso da noite eleitoral, Mélenchon apelou a “um futuro de harmonia entre seres humanos, livres das dominações sociais, culturais e de género, um futuro de harmonia entre os seres humanos e a natureza”, numa clara afirmação de luta por um programa Ecossocialista. O jornal Le Monde refere que, segundo dados oficiais, o partido de Macron – Juntos! obteve 25,75% e a Nupes (  Nova União Ecológica e Social do Povo ) 25,66%, neste primeiro turno de votação em França. O líder da coligação que junta várias forças de esquerda — designadamente a França Insubmissa, o Partido Socialista francês, o Partido Comunista francês e a Europa Ecologia Os Verdes — considerou que, nesta primeira volta, o partido presidencial “foi derrotado e desfeito”. “Pela primeira vez na Quinta República, um Presidente recentemente eleito não consegue ter uma maioria absoluta na eleição legislativa que lhe sucede”, frisou. Mélenchon apelou assim que o povo se mobilize para a segunda volta das eleições legi

Rui Cortes Diretor da Revista Ecossocialismo

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  Camarada e amigo, Vamos lançar a Revista Ecossocialismo . O que queremos com esta revista? Dar voz a todos aqueles que se revêm na convergência das múltiplas lutas sociais e ambientais, numa visão que não renega as lutas de classe e que vê no esgotamento dos recursos naturais pelas políticas neoliberais a expressão do capitalismo selvagem que é preciso combater. Não nos revemos assim num ambientalismo politicamente inofensivo, mas sim na evidência da destruição do meio ambiente como consequência do capital. Mas também nada temos a ver o produtivismo de base soviética, afinal outro motor de repressão e desigualdades e insustentável ambientalmente. A urgência desta Revista é evidente: as alterações climáticas são a consequência duma lógica de expansão infinita do capital, que transforma tudo em mercadoria desde a terra, a água até o ar que respiramos. Naturalmente vamos divulgar textos teóricos nacionais e internacionais, mas também artigos de reflexão e de análise da situ

A SINDROME DE “BURNOUT”NOS PROFISSIONAIS DE SAUDE

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  por Lurdes Gomes Grande parte da vida adulta é passada no local de trabalho. Temos vindo a assistir a várias mudanças organizacionais, fruto de um mercado global cada vez mais competitivo, aliado a conjunturas económicas, sociais e sanitárias desfavoráveis que produzem consequências diretas e indiretas na forma como os trabalhadores e as organizações se relacionam, comunicam entre si e gerem as emoções do dia a dia. A pressão sobre os profissionais de saúde tem sido extrema. O reconhecimento e estudo do desgaste mental em contexto de trabalho, associado à subvalorização do factor emocional humano, tem vindo a ser investigado desde a década de 70, onde surge, pela primeira vez, o termo  burnout , que significa literalmente “queimar até à exaustão” [1] , reportando-se a  “um conjunto de sinais e sintomas associados ao colapso físico e emocional que sobrevêm após a exaustão de toda energia, recursos ou forças disponíveis na realização de tarefas de ‘ajuda’ a outros” [2]  . Assente