EXPOSIÇÃO SOBRE O GENOCIDIO EM GAZA

        








                                                 GAZA                                  

                               Mohammed Zaanoun | Activestills

Um homem segura uma bebé recém-nascida resgatada dos escombros da sua casa,

atingida por um bombardeamento israelita que matou a mãe. Pais escrevem os nomes

dos filhos nos corpos para que possam ser identificados. Uma jovem mulher ferida

despede-se do seu bebé, morto por um bombardeamento que atingiu a casa onde a

família do jornalista da Al-Jazeera Wael al-Dahdouh tinha procurado abrigo no campo de

refugiados de Nuseirat, matando três gerações da família: mãe, filhos e neto. Sem espaço

livre nas morgues, os corpos amontoam-se no chão dos hospitais, enquanto o sistema de

saúde colapsa. Estas fotografias de destruição massiva, morte, perda e angústia em

Gaza foram tiradas pelo fotógrafo Mohammed Zaanoun, membro do coletivo Activestills,

durante as últimas semanas.

Desde que o Hamas lançou um ataque a 7 de outubro que matou 1,200 pessoas e levou

cerca de 240 reféns, as forças coloniais israelitas têm bombardeado e invadido o enclave

sitiado de Gaza, onde vivem 2.3 milhões de pessoas sem nenhum lugar para onde fugir.

Israel cortou o acesso a comida, água, combustível e eletricidade, e ordenou que mais de

um milhão de pessoas no norte de Gaza deixassem as suas casas. Os

bombardeamentos israelitas massivos de norte a sul da Faixa de Gaza já mataram mais

de 15 000 palestinianos, mais de um terço deles crianças, destruíram pelo menos metade

da habitação em Gaza, e deslocaram mais de 1.4 milhões de pessoas. Para muitos

palestinianos, este é um segundo ou terceiro deslocamento, visto que mais de metade da

população de Gaza é descendente de refugiados expulsos das suas casas durante a

Nakba, a catástrofe de 1948, e impedidos de voltar por Israel.

Enquanto Gaza mergulha na escuridão após semanas de bombardeamento incessante e

sob um bloqueio total, esta exposição procura mostrar a situação catastrófica no terreno e

incentivar a uma mobilização global para parar a agressão israelita. Desde 2005, o

coletivo Activestills tem organizado exposições nas ruas para chamar atenção para os

direitos dos palestinianos e lutas pela libertação. O coletivo posiciona-se com as lutas

internacionais contra qualquer forma de opressão, racismo ou discriminação.

O fotógrafo Mohammed Zaanoun já documenta os horrores em Gaza há muitos anos. A

casa dele foi destruída por um bombardeamento israelita. Apesar de estar deslocado com

a família e a enfrentar bombardeamentos e um bloqueio total, continua comprometido a

documentar para que mundo possa ver e agir. Se quiseres fazer um donativo para o

apoiar fala connosco: activestills@gmail.com

www.activestills.org

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