2. A cidade é nossa, combater as discriminações
Nunca como hoje, em tempo de pandemia e das suas tremendas consequências sociais e económicas, foi tão importante defender os direitos humanos e sociais de forma a garantir equidade e justiça social.
A crise veio denunciar de forma brutal as consequências das políticas neoliberais na negação do direito à habitação na cidade do Porto. A gestão da cidade pela mão da direita permitiu que a cidade dos usos fosse substituída pela cidade do negócio especulativo e da acumulação capitalista.
Compete ao Bloco combater esta orientação e demonstrar que existe outro rumo para a cidade. Um rumo onde a democracia participativa permita a todas as classes, especialmente à classe trabalhadora e às famílias com menos recursos, o direito a viver e a trabalhar no Porto-Cidade.
Teimamos em reivindicar a cidade para nós, cidadãos e cidadãs. Queremos e defendemos uma cidade de todos e para todos, inclusiva, heterogénea e liberta das amarras do mercantilismo neoliberal das últimas décadas. É preciso instituir mais mecanismos de participação e mais referendos locais.
A cidade apresenta um conjunto de confrontos sociais e económicas que expressam as contradições de classe, as discriminações e opressões em termos de género e de orientação sexual, de racialização que, no continuum de opressão-dominação, dão lugar às violências (doméstica, de género, homofóbica, racista) e à sobre-exploração, exclusão e pobreza acantonada nos espaços da monocultura da segregação. Enquanto bloquistas combateremos todas as discriminações, opressões e violências. Porque queremos uma cidade livre, justa e acessível para todos, sem exclusões e atomizações.
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