O melindre dos ilustres trinta e sete
O melindre dos ilustres trinta e sete O sobressalto cívico ao ler a notícia da edição de hoje do jornal Público - “ Estátua de Camilo deve ser removida após petição que invoca questões de gosto e moral” de Lucinda Canelas, não poderia ser maior. Então porque há trinta e sete indivíduos que não gostam de uma obra colocada num espaço público da cidade, o Presidente da Câmara Municipal decide, unilateralmente, retirá-la e remetê-la ao pó e ao esquecimento dos depósitos municipais? Estamos, de facto, perante mais uma manifestação de um poder discricionário e arbitrário que não revela mais do que o tique da soberba elitista que gere e governa os destinos do município. Não importa quem são os trinta e sete signatários de tal petição, na medida em que se tratando de uma petição entregue na Câmara Municipal, ela carece de representatividade na manifestação de uma proposta, reclamação ou indignação da população do município. Quantas petições não terão sido já entregues na autarquia com...