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Debate Ecossocialista (dia 19 julho às 21h) na livraria Gato Vadio

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  Debate Ecossocialista (dia 19 julho   às 21h)   na livraria Gato Vadio Tema: Bioeconomia, capitalismo e devastação ambiental   com:  Fernando Bessa (professor na Universidade do Minho)            André Simões (engenheiro, Professor na Universidade do Porto)            Moderação: Luísa Barateiro (Bióloga)             Entrada Livre

Assalto ao STOP, enquanto purga sanitária e expulsão de impuros

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Fomos todos surpreendidos pela atitude musculada e, pelos vistos, cobarde do executivo de Rui Moreira em relação ao antigo centro comercial STOP. Solicitar o serviço da polícia municipal para vedar e selar aqueles espaços, sem aviso prévio, é a prova da má fé e da premeditação desta atitude. Mas estamos a falar do quê? O espaço STOP é há dezena de anos, um espaço cultural, heterogéneo e multi-funcional, onde dezenas de jovens e menos jovens encontraram o habitat possível e propício para a sua arte. Muita da arte que foi assimilada e hoje é aceite pelo mainstream comercial e industrial, nasceu dentro daquelas paredes de espaços exíguos. Esta atitude do executivo é bem paradigmática da visão sectária que os seus protagonistas políticos têm da cidade. Ainda não tive a oportunidade de ouvir o que a Câmara diz em relação a esta situação, nem sei sequer se já se pronunciou, mas gostava de ouvir e ver Rui Moreira, pois sei que pelas palavras que irá pronunciar, pelo tom e pelas expressões fac...

irritação da amígdala

"A democracia está a ser tão esvaziada de conteúdo que pode ser defendida instrumentalmente pelos que servem dela para a destruir, enquanto os que servem a democracia para a fortalecer contra o fascismo são considerados esquerdistas radicais." (Boaventura de Sousa Santos, in Jornal de Letras nº 1366, Fevereiro de 2023) As palavras de Boaventura de Sousa Santos (BSS), num excelente artigo do referido jornal, avivam em mim uma profunda irritação, que não é de agora, mas que teima em durar e que poderei traduzir em palavras no raciocínio que se segue: Eu, que pago os meus impostos, como a maioria dos cidadãos portugueses, acredito e defendo que o Estado, fiel depositário ou, se preferirem, cobrador desses impostos, deve ser responsável pela providência e prestação dos serviços básicos, em qualidade, equidade e gratuitidade, à totalidade da população do país. Falo da educação, da saúde, da justiça e dos sectores estratégicos da economia, como a energia, os transportes e as comuni...

fartos disto, hora de agir

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Participei hoje na vigília “estamos fartos disto, é hora de agir”, em frente à Câmara Municipal do Porto, que começou pelas 19 horas. Participei enquanto organizador do evento, enquanto subscritor do manifesto que motivou a vigília, mas acima de tudo, participei porque estou farto da condição em que grande parte da população portuguesa existe. É, de facto, hora dessa população agir e exigir aquilo a que tem direito, mas que persistente e abusadamente lhe tem sido sonegado. Apesar de termos conseguido uma divulgação interessante, através das redes sociais, dos media e, principalmente, no contacto directo com a população, através da distribuição em mão do manifesto nos locais de maior afluência e circulação na Invicta, não conseguimos reunir mais do que três dezenas de pessoas em frente à Câmara Municipal neste final de tarde de Sexta-feira. Quando abandonei a vigília, por volta das 20:30 horas e porque era hora de dar de comer à minha criança, caminhámos por algumas das artérias da bai...

XIII Convenção Nacional convocada para dias 27 e 28 de maio em Lisboa

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  Número mínimo de subscritores para apresentação de uma Moção passa de 20 para cerca de 200 aderentes com quota de 2023 paga até dia 27 de fevereiro O Bloco foi construído, Convenção a Convenção, sempre com a ideia de que a pluralidade era um fator positivo e essencial para a afirmação de um partido/movimento com novas características, aberto à sociedade e às novas realidades, com a frescura que só é possível alcançar com o debate que valoriza as opiniões diversas. Desde início, foi rejeitado o monolitismo ideológico, o centralismo de uma direção omnipotente e as perseguições ad hominem por diferença de opinião. Em coerência, a apresentação de uma proposta de orientação política na Convenção exigia um texto subscrito por 20 aderentes no exercício pleno dos seus direitos que, basicamente, implicava ter o pagamento da quota em dia. Surpreendentemente, o Secretariado Nacional apresentou na reunião da Mesa Nacional realizada no passado sábado, dia 4, a proposta de passarem a ser exigi...

abismo civilizacional

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No dia em que sabemos do desaparecimento de um nosso camarada de Vila Nova de Gaia, quero lamentar essa morte prematura e dedicar à sua memória e às lutas que connosco travou, estas palavras. Desculpem o tom confessional, mas não há como não estar preocupado com a realidade política e partidária em Portugal. Perspectivada deste lugar, o da Convervência, considero que o futuro próximo será um tempo muito difícil para nós e para as outras esquerdas. Acabo de escrever isto e já fico arreliado pela designação no plural - as esquerdas. Os sintomas e diagnósticos, as estratégias e as tácticas, as punchlines das narrativas estão já todas alinhadas entre os diversos actores e agentes políticos e mediáticos. O poder tem que ser entregue à Direita o mais depressa possível. Tudo está concertado e preparado para essa clivagem política e, depois, social. Espero estar errado, mas já não haverá retorno sem um novo governo de Direita e extrema-Direita. Lamento, e lamento ainda mais porque tenho a per...

A AGULHA, O CHICOTE E O ALTAR

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  Por Carlos Marques A polémica está instalada! Um altar para a Jornada Mundial da Juventude Católica vai custar do dinheiro dos impostos pagos pelos portugueses 5,4 milhões de euros! Mas o total dos gastos com este Encontro está calculado em cerca de 80 milhões de euros! E isto são previsões. Sabemos como nas grandes obras em Portugal vai uma diferença entre as previsões e a realidade na concretização das obras que sempre custam mais e por vezes muito mais. Olhemos o exemplo, recente, do Hospital Militar. Num país de mais de dois milhões de pobres é um escândalo estes gastos faraónicos para um encontro de católicos e a vinda do Papa. O Eng. Moedas tem o descaramento de dizer numa entrevista que a questão é se queremos que venha o Papa ou não. Olhe que não Sr. Presidente da Câmara. A questão é se leu o Evangelho. Não podemos esquecer, como afirmou num grande comício no Pavilhão dos Desportos o que disse o Padre Max, candidato a deputado, lendo o Evangelho: “é mais fácil um camelo p...