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Apresentação do livro Abril: Vivências na Clandestinidade, Sabado, 7 de agosto as 14,30h - Rua Alvares Cabral, 77 Porto

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  Dia 7 de abril, pelas 14h 30, com a presença da autora, Domicília Costa, José Manuel Cordeiro Lopes vai fazer a apresentação do livro Abril: Vivências na Clandestinidade.  Apareçam. Reservem já um exemplar. 

Abril: Vivências na Clandestinidade, por Domicília Costa

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  Haverá perto de trinta anos um dos meus filhos, na época adolescente, sabedor de que eu crescera na clandestinidade e habitara diversas casas, em várias regiões do país, questionou-me sobre a quantidade aproximada de casas em que eu teria vivido antes do 25 de Abril. Não soube dizer-lho: apenas que tinham sido muitas; se vinte ou trinta, não sabia ao certo, nunca as contara... Surpreendeu-se. “Assim tantas? Não será exagero?” E propôs-se contá-las ele, à medida que eu as ia enumerando. Só nos meus primeiros dez anos de existência contámos mais de uma dúzia, ora na região de Lisboa ora na do Porto. Espanto redobrado dele, que desde que nascera sempre vivera na mesma casa. Interrompeu a contagem, desafiando-me: porque não escrevia eu a “minha história” para que ele próprio e o irmão um dia a pudessem ler? Na ocasião achei-lhe grac...

ilhíada

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Leitura de cabeceira destas últimas noites, este novo livro de Alberto Pimenta fala-nos das ilhas da cidade do Porto, não de todas mas de 24 núcleos espalhados pela cidade e que ele, o autor, conheceu e/ou conhece. Tal como reconhece no "Átrio" deste livro, as ilhas são um tema bizarro... se para ele isto é poesia, o cordão do sapato serve perfeitamente para fita do cabelo (2021:5). As ilhas em que se habita, como são as da cidade do Porto, não são um tema bizarro (...); percebo só que a destruição das ilhas em favor de asilos e guettos, e a construção de torres, onde os moradores dos vários andares se incomodam uns com os outros com ruídos e outra música, e sujam os de baixo com restos não só de cigarros (...); e o que as ilhas ansiavam, e por isso foram feitas, convivência fechada aos pares de botas que atacam; para isso eles mesmos com tábuas e pedra as ergueram, saber feito de experiência, sem luxo nem ornatos feitos para ficarem na história! (...) Sim, conheci muitas ilh...