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Vídeo com a apresentação de José Manuel Lopes Cordeiro, do livro Abril, de Domicília Costa

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Quem não assistiu à apresentação, pode visualizar através deste vídeo (cortesia de Rui Santos). Pode ouvir, com calma e introspeção, a excelente apresentação feita por José Manuel Lopes Cordeiro.  O historiador abordou diversos períodos abrangidos pela obra autobiográfica de Domicília Costa, contextualizando a luta antifascista na clandestinidade, complementando com outros factos históricos e com a referência a outras pessoas que também escreveram sobre essa terrível época.  Num momento em que a extrema-direita avança no mundo e também na Europa, conhecer em profundidade o extenso (48 anos) período em que estivemos sob uma ditadura fascista, é fundamental.  Foi um prazer ouvir José Manuel Lopes Cordeiro, pelo que nos ensinou.  E mais uma vez, rever a viagem à clandestinidade que a Domicília nos proporcionou. Atenção, viagem à clandestinidade, mas na segurança que o 25 de Abril nos proporcionou.  Como nos disse José Manuel Lopes Cordeiro, "só estes relatos nos po...

Apresentação do livro Abril: Vivências na Clandestinidade, Sabado, 7 de agosto as 14,30h - Rua Alvares Cabral, 77 Porto

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  Dia 7 de abril, pelas 14h 30, com a presença da autora, Domicília Costa, José Manuel Cordeiro Lopes vai fazer a apresentação do livro Abril: Vivências na Clandestinidade.  Apareçam. Reservem já um exemplar. 

Abril: Vivências na Clandestinidade, por Domicília Costa

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  Haverá perto de trinta anos um dos meus filhos, na época adolescente, sabedor de que eu crescera na clandestinidade e habitara diversas casas, em várias regiões do país, questionou-me sobre a quantidade aproximada de casas em que eu teria vivido antes do 25 de Abril. Não soube dizer-lho: apenas que tinham sido muitas; se vinte ou trinta, não sabia ao certo, nunca as contara... Surpreendeu-se. “Assim tantas? Não será exagero?” E propôs-se contá-las ele, à medida que eu as ia enumerando. Só nos meus primeiros dez anos de existência contámos mais de uma dúzia, ora na região de Lisboa ora na do Porto. Espanto redobrado dele, que desde que nascera sempre vivera na mesma casa. Interrompeu a contagem, desafiando-me: porque não escrevia eu a “minha história” para que ele próprio e o irmão um dia a pudessem ler? Na ocasião achei-lhe grac...