ENCONTRO NACIONAL DA CONVERGÊNCIA
Dia 4 de Dezembro – sábado – 10:30 horas
O chumbo desta proposta de OE 2022 não tinha que, necessariamente, dar
origem a eleições antecipadas. Essa foi a opção do Presidente da República,
ainda antes do debate e votação no Parlamento, articulada com o
Primeiro-Ministro que recusou equacionar a apresentação de nova proposta
orçamental. António Costa quando confrontado com propostas do BE e PCP que já
não eram apenas quantitativas ou de ritmo de aplicação da sua própria agenda,
começou por ameaçar com a crise política e logo de seguida desistiu das
negociações à esquerda.
A geringonça, que já estava em estado comatoso antes das Legislativas de
2019, foi liquidada pelo PS nos dias que se seguiram às eleições. Quem
alimentou durante as eleições a ideia de que a geringonça seria o desfecho de
uma nova correlação de forças ou que seria possível manter vivo o espírito da
geringonça na atual legislatura, sem papel passado e com o PS a fazer tudo o
que queria fazer, como o financiamento da banca e dos seus acionistas com
dinheiros públicos ou a recusa da revisão da legislação laboral, enganou-se,
falhou e agora está envolvido numa teia de dificuldades para explicar o quadro
atual a alguns militantes e a uma parte da opinião pública.
Regressar à ideia ou insistir nela de que a nossa ação deve estar centrada
em alianças com o PS é persistir no erro que tem levado o Bloco a maus
resultados eleitorais (legislativas, presidenciais e autárquicas). Acordos,
compromissos ou alianças são ponderados após as eleições e de acordo com o
quadro que daí resultar. Até lá, o fundamental é a luta por um programa
próprio, com autonomia e combativo.
O Bloco deve apresentar-se com uma campanha fundada num programa forte,
participado, numa candidatura popular e profundamente ligada às lutas e aos
movimentos. É assim que o Bloco deve surgir de forma mobilizadora e
polarizadora à esquerda. Em primeiro plano, no combate às desigualdades e aos
desequilíbrios que se aprofundaram entre trabalho e capital; o desígnio de uma
transição energética justa que garanta a descarbonização e os direitos dos
trabalhadores; um plano de emergência social que enfrente o empobrecimento; a
defesa e valorização dos serviços públicos, desde logo o SNS; a renegociação da
dívida, condição essencial para o investimento público onde é mais necessário,
como a criação de emprego qualificado e com direitos.
O Encontro Nacional Convergência é pela cooperação entre todas/os no seio
do Bloco, considera que não há militantes dispensáveis, todos/as são
necessários/as e importantes. O Encontro Nacional de dia 4 de dezembro será a
expressão de tudo isso, pela afirmação do Bloco e do seu reforço nos desafios
que vamos ter pela frente. Este também é um convite à tua participação.
CONVERGÊNCIA3 DE NOVEMBRO DE 2021
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