Solidariedade internacional com o Brasil denuncia Bolsonaro



Tanto no Brasil, como a nível internacional, incluindo Portugal, intensificam-se as ações de luta contra Bolsonaro, representante do poder brasileiro que expressa o papel da extrema-direita nesse país. 

A ação destas pessoas na mentira orquestrada contra Dilma Roussef não pode ser esquecida. 

Vários coletivos, associações e instituições subscrevem um manifesto de solidariedade com o Brail, denunciando o seu atual presidente, pelo seu discurso de ódio, pela destruição de importantes medidas que vinham sendo estabelecidas quer por Lula, quer por Dilma, de diminuição da pobreza, de promoção da igualdade e do incentivo à educação e ao trabalho de investigação. Também pelas ações ou omissões durante a pandemia que levaram à morte, segundo as notícias, de mais de meio milhão de pessoas. 

No dia 24 de julho desde ano, 2021, pelo menos 22 Estados registaram grandes manifestações contra o regime.

Em Portugal, foi elaborado um Manifesto para mostrar a nossa solidariedade com o povo brasileiro e denunciar a necropolítica de Bolsonaro e congéneres. Afirma o texto do Maniefesto de Solidariedade internacional ao Brasil: Portugal denuncia Bolsonaro genocida:

Nós, abaixo assinados, manifestamos nossa solidariedade ao povo brasileiro e extrema preocupação com o projeto de destruição nacional realizado pelo Governo de Jair Bolsonaro. A gestão da pandemia de Covid19, responsável por mais de meio milhão de pessoas mortas no Brasil, é a face mais visível de um trágico empreendimento que inclui a destruição de ecossistemas e a venda de patrimônio nacional, o desejo de aniquilação de culturas e povos originários, ataques aos direitos humanos, às populações indígenas e quilombolas, a criminalização de ativistas e de movimentos sociais, além da perseguição aos grupos mais oprimidos, como as mulheres e a população LGBTQI+.

O Manifesto é assinado por #PortugalDenunciaBolsonaroGenocida, Casa do Brasil de Lisboa, Coletivo Alvorada de Aveiro, Coletivo Andorinha – Frente Democrática Brasileira de Lisboa, Solidariedade Brasileira (Porto), Vozes no Mundo - Frente pela Democracia no Brasil (Coimbra), e UMAR. 

Também já subscreveram: Djass, Queer Tropical, entre outras, além de nomes como Alexandra Lucas Coelho, Ana Paula Tavares, Catarina Martins, Diana Andringa, Fernando Rosas, Francisco Louçã, José Soeiro, Mamadou Ba, Sérgio Godinho, Sérgio Tréfaut, Vitorino Salomé, entre muitos/as outros/as.

Sabemos que as manifestações não são suficientes para derrubar um regime neofascista, de extrema-direita. Aliás, estes regimes são bastante hábeis em instrumentalizar multidões. Não é suficiente, mas é necessário expressar na rua, no espaço público, o nosso descontentamento e revolta. 

Todavia é necessária, sobretudo, a organização dos povos, nomeadamente dos setores subalternizados, para que esse objetivo seja conseguido. E para que esta grande finalidade seja colocada na agenda política dos movimentos sociais, é necessário organizar, articular, abrir e coordenar. Sem vanguardas artificiais, com ímpetos de pequenos poderes, encontrando coletivamente, nas mobilizações e no descontentamento geral, caminhos para ir consolidando a possibilidade de uma rutura democrática. 

A solidariedade internacional desempenha um papel crucial. De transmissão de ondas de força e de esperança. As lutas feministas têm dado imensas provas do impacto mesmo de pequenas ações de solidariedade internacional. 

Por cá, também vivemos essa solidariedade. Entre muitos, muitíssimos exemplos, podemos lembrar a sororidade feminista com as Três Marias. 

Juntamos a nossa à voz das/os trabalhadores/as, indígenas, mulheres, comunidades LGBTIQA+, pessoas racializadas, pobres, de regiões mais desprivilegiadas e a todos e todas que tão duramente são tratadas pelos regimes de extrema-direita. 

Julho, 2021

Maria José Magalhães

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