A PONTE BRAS-O-OLEIRO/ÁGUAS SANTAS/MAIA


1. Caros amigos e camaradas procurarei, com periodicidade, sempre que seja permitido neste espaço convergente de afirmação de valores de uma esquerda ecossocialista que não desiste, que não exclui, que não purga, que alimenta o debate de ideias e de aproximação de laços e forças de vontade que reforçam a luta pelas alternativas fortes, sem dogmas e sofismas, abordar de forma livre, entre outros, temas do quotidiano, da luta laboral, social e do concelho onde resido. Sinto-me bem junto daqueles que abrem as correntes da luta por um BE mais plural e inclusivo. 

2. A pequena ponte de Brás o-Oleiro, situada na freguesia de Aguas Santas, concelho da Maia, que passa sobre a linha de caminho-de-ferro S. Gemil/Leixões localizada numa rua de elevada circulação automóvel, veículos pesados e transportes públicos além de estreita e com passeios exíguos tem-se degradado, preocupantemente, nos últimos anos. 
Trata-se de via com muita circulação próxima de uma instituição de solidariedade social “ O Amanhã da Criança”, de um supermercado muito frequentado e de passagem pedonal constante de pessoas, em particular, de crianças e idosos.

Localiza-se na freguesia de Aguas Santas e tem ligação á freguesia de Pedrouços, ambas no Concelho da Maia e à freguesia de Rio Tinto, Concelho de Gondomar. Há grandes dificuldades na passagem quando circulam em cima da ponte veículos pesados e transportes públicos: A população que atravessa a pequena ponte através de passeios muito estreitos e inseguros anda sempre com o coração nas mãos. Os desastres são constantes e os riscos evidentes. Quando há embates na ponte apenas são efectuadas pequenas e pontuais reparações (quando o são) ou colocadas barreiras provisórias de protecção como sucedeu recentemente, sem atender, que são necessárias obras profundas. 
Os passeios são muito estreitos, a circulação pedonal é de risco, as brechas são significativas, a falta de pilares de segurança é evidente, situações que tornam a passagem e circulação naquela ponte um perigo constante. A própria Câmara da Maia conhece as perigosas ocorrências naquela ponte. Só a título de exemplo, em 20 de Junho de 2013, após um vereador da oposição ter chamado atenção, numa sessão ordinária da Câmara, para um incidente no local, ficou registado em acta “ Foi deliberado que fosse notificada a REFER, apelando à sua tomada de consciência do problema e bem sim à sua responsabilização pelas graves ocorrências que tem acontecido naquele local em face da inoperância que se tem verificado”. 

Antes de 2013 e após o acidente de 2013 muitos desastres sucederam naquela ponte e recentemente um embate que poderia ter provocado consequências, ainda mais graves, deixou uma cratera numa das esquinas de uma das entradas da ponte tendo apenas sido colocados, pela Câmara, materiais frágeis de protecção. Os perigos são iminentes dadas as fissuras e as aberturas deixadas na ponte. A situação de degradação da ponte agravou-se acentuadamente.

O jogo do empurra e a falta de uma acção firme do executivo camarário maiato é uma expressão preocupante de indiferença que poderá provocar um desastre com consequências imprevisíveis. As entidades competentes continuam a negligenciar o estado da ponte. Não se pode aceitar que só se concretizem medidas, mesmo que já projectadas, depois de os males acontecerem. Trancas á porta depois de um desastre é tudo o que o povo não deseja.

São indispensáveis medidas urgentes que envolvem as entidades públicas das infraestruturas em articulação com a Câmara Municipal da Maia que se materializem na realização de obras de alargamento, reabilitação e restauro da estrutura em causa. 

A população precisa de respostas e estranha que algumas forças de esquerda com responsabilidades na freguesia não assumam esta luta, não mobilizem a população e os agentes locais em defesa do alargamento, restauro e recuperação de uma ponte crucial de passagem para quem se desloca na Rua D. Afonso Henriques da Areosa para o Alto da Maia, em sentido contrário e noutras direcções.

O imobilismo, a gestão fechada e burocrática não virada para luta e resolução dos problemas das populações questiona os entendimentos contranatura à esquerda.


MAIA, 14/06/2021
ANTÓNIO NETO

Comentários

  1. Muito bom, camarada António Neto! Um abraço, Gi

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    1. Ainda agora na última reunião da assembleia de freguesia chamei atenção para essa situação.
      Parabéns Neto
      Nunca te canse a mão que segura a caneta
      Continua a tua luta é a minha é a nossa
      Araújo

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  2. Obrigado meu bom amigo e camarada cá estou sempre do mesmo lado da luta. De quem não desiste...

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  3. Penso, camaradas, que seria mesmo de organizar alguma coisa sobre esta matéria. Não podemos esperar que mais pessoas morram. Ab. Gi

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